Mudanças entre as edições de "Lenalidomida"
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Edição das 16h35min de 17 de julho de 2018
É importante destacar que devido à complexidade do financiamento e dos tratamentos oncológicos, estes serão apresentados de forma diferenciada dos demais medicamentos da plataforma Ceos.
Índice
Grupo Principal
Agentes antineoplásicos e imunomoduladores.[1]
Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - L04AX04 [2]
Outros agentes imunossupressores [3]
Nome comercial
Revlimid ®
Como este medicamento funciona?
O medicamento lenalidomida possui um mecanismo com múltipla ação, inibe a proliferação de células hematopoiéticas tumorais (inclusive da células plasmáticas tumorais no mieloma múltiplo e as que apresentam deleção no cromossomo 5q), potencializa a imunidade celular mediada por linfócitos T e células Natural Killer (NK), e aumenta o número de células T NK, inibe a angiogênese mediante o bloqueio da migração e adesão de células endoteliais e da formação de microvasos, aumenta a produção de hemoglobina fetal pelas células tronco hematopoiéticas CD34+, inibe a produção de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-6 e IL-12), e aumenta a secreção de citocina antiinflamatória IL-10 por meio dos monócitos. [4]
Quais indicações da bula brasileira?
O medicamento lenalidomida em combinação com dexametasona, é indicado para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo refratário/recidivado que receberam ao menos um esquema prévio de tratamento e para o tratamento de pacientes com anemia dependente de transfusões decorrente de síndrome mielodisplásica de risco baixo ou intermediário-1, associada à anormalidade citogenética de deleção 5q, com ou sem anormalidades citogenéticas adicionais. [5]
- Importante:
A ANVISA incluiu, através da RDC nº 191, de 11 de dezembro de 2017, a substância lenalidomida e medicamentos que a contenham no controle especial regido pela Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, definindo-a como substância imunossupressora (lista C3). Assim, a dispensação deste medicamento está condicionada a prescrição em notificação de receita da lista C3, bem como Termo de Responsabilidade e Esclarecimento devidamente preenchido pelo médico prescritor e assinado pelo paciente após explicação do médico sobre os riscos associados ao tratamento com lenalidomida. Estas normas tornam-se importantes devido aos efeitos teratogênicos da lenalidomida. [6]
O SUS disponibiliza este medicamento na oncologia?
Não, o SUS não disponibiliza este medicamento no tratamento do mieloma múltiplo, síndrome mielodisplásica ou linfoma de células manto.
O medicamento lenalidomida não foi avaliado como uma das opções terapêuticas citadas na Portaria nº 708 – 06 de agosto de 2015 que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Mieloma Múltiplo, o qual define como alternativas de tratamento os medicamentos bortezomibe, ciclofosfamida, cisplatina, dexametasona, doxorrubicina, doxorrubicina lipossomal, etoposido, melfalano, vincristina e talidomida.
O medicamento lenalidomida também não foi avaliado como uma das opções terapêuticas citadas na Portaria no 113, de 04 de fevereiro de 2016 que aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Anemia Aplástica, Mielodisplasia e Neutropenias Constitucionais, o qual define como opção terapêutica o medicamento filgrastim. Para síndrome mielodisplásica, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 493, de 11 de junho de 2015, que aprovou o Protocolo de uso da talidomida no tratamento da síndrome mielodisplásica, incluindo-a como opção terapêutica para a referida patologia.
Referências
- ↑ Grupo ATC Acesso em: 17/05/2018
- ↑ Código ATC Acesso em: 17/05/2018
- ↑ Classe Terapêutica - Registro ANVISA Acesso 17/07/2018
- ↑ Bula do medicamento do paciente Acesso em: 17/07/2018
- ↑ Bula do medicamento do profissional Acesso em: 17/07/2018
- ↑ ANVISA - Lenalidomida é incluída em controle especial Acesso em: 17/05/2018
- As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.