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Mesilato de Imatinibe

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Principais informações
Além disso, consta na bula do medicamento que ele também é indicado para o tratamento de pacientes adultos com tumores estromais gastrintestinais (GIST) malignos, não-ressecáveis e, ou metastáticos <ref>[http://www.medicinanet.com.br/bula/8204/imatinib.htm] Bula do medicamento</ref>.
 
 
'''Tumor Do Estroma Gastrointestinal'''
 
Os tumores de estroma gastrointestinal (GIST) são neoplasias raras, tipicamente subepiteliais. Compreendem vários subtipos molecularmente distintos de sarcomas que coletivamente representam os tumores mesenquimais mais comuns do trato gastrintestinal. Afetam, em 75% dos casos, o estômago e o intestino delgado proximal, mas podem ocorrer em qualquer parte do trato digestivo, como cólon e reto e apêndice. Os GIST estra-gastrointestinais são raros e podem se originar no omento, mesentério ou retroperitôneo <ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/07/Relatorio-Imatinibe-GIST-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para Quimioterapia Adjuvante do Tumor do Estroma Gastrointestinal </ref>.
Na Tabela do SUS, existe o procedimento 03.04.02.031-1 (código de origem: 29.021.10-3) – Quimioterapia Paliativa do Tumor do Estroma Gastrintestinal avançado (com marcador positivo, doença irressecável primária ou metastática ou recidivada). Isso porque, pela Portaria SAS 90, de 15/03/2011, o Ministério da Saúde passou a comprar centralizadamente, por meio do DAF/SCTIE, e fornecer, via secretarias estaduais de saúde, o Mesilato de Imatinibe, inclusive para o GIST<ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/07/Relatorio-Imatinibe-GIST-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para Quimioterapia Adjuvante do Tumor do Estroma Gastrointestinal </ref>.
 
Os membros da CONITEC presentes na 22ª reunião ordinária do plenário do dia 06/02/2014 recomendaram a incorporação do mesilato de imatinibe para a quimioterapia adjuvante do tumor do estroma gastrointestinal (GIST) [3] e a [http://www.lex.com.br/legis_25710055_PORTARIA_N_27_DE_4_DE_JULHO_DE_2014.aspx Portaria nº 27, de 4 de julho de 2014], tornou pública a decisão de incorporar o mesilato de imatinibe para quimioterapia adjuvante do tumor do estroma gastrointestinal no Sistema Único de Saúde - SUS<ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/07/Relatorio-Imatinibe-GIST-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para Quimioterapia Adjuvante do Tumor do Estroma Gastrointestinal </ref>.
 
 
'''Síndrome Hipereosinofílica (SHE)'''
 
Síndrome Hipereosinofílica (SHE) é um grupo heterogêneo de doenças raras, definida por uma variedade de manifestações clínicas. Os critérios definidos para SHE são: presença persistente de eosinofilia no sangue periférico (≥1,5x109/L) por pelo menos 6 meses; ausência de uma causa secundária, como alergia, infecção parasitária ou outra; e evidência de lesão em órgão alvo induzidas pela liberação de citocinas e fatores humorais dos grânulos eosinofílicos, como cardiopatia, disfunção gastrointestinal, anormalidade no sistema nervoso central, febre ou perda de peso <ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/outubro/08/Imatinibe-SHE-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para o Tratamento da Síndrome Hipereosinofílica</ref>.
 
Não há a indicação para o tratamento da SHE com a mutação FIP1L1/PDGFRα nas bulas nacionais do medicamento Glivec® (Novartis) ou do medicamento genérico Mesilato de Imatinibe (Eurofarma) [14]. No entanto, a Agência de Medicamentos Européia (EMA) autorizou o uso do Glivec® (Novartis) para o tratamento em adultos com SHE com a mutação FIP1L1/PDGFRα, bem como a agência americana FDA (U.S. Food and Drug Administration) autorizou o uso do Gleevec® (Novartis) <ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/outubro/08/Imatinibe-SHE-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para o Tratamento da Síndrome Hipereosinofílica</ref>.
 
A evidência atualmente disponível sobre eficácia e segurança do Mesilato de Imatinibe para tratamento da Síndrome Hipereosinofílica com a mutação FIP1L1/PDGFRα é baseada em estudos com baixa qualidade metodológica. Apesar disso, o benefício clínico demonstrado é aceitável, além do fato de ser uma doença rara, sem protocolo clínico estabelecido no SUS. O impacto orçamentário é relativamente baixo, tendo em vista o pequeno número de pacientes que possuem a doença <ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/outubro/08/Imatinibe-SHE-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para o Tratamento da Síndrome Hipereosinofílica</ref>.
 
A [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0783_29_08_2014.html Portaria nº 783, de 29 de agosto de 2014], aprovou o Protocolo de tratamento da síndrome hipereosinofílica com mesilato de imatinibe. Nela consta que pacientes com SHE devem ser atendidos em serviços especializados em hematologia, para seu adequado diagnóstico, inclusão no protocolo e acompanhamento. Devem ser observados os critérios de inclusão e exclusão de doentes neste Protocolo, a duração e a monitorização do tratamento, bem como para a verificação periódica da dose do medicamento prescrita e dispensada e da adequação de seu uso. O fornecimento do mesilato de imatinibe, adquirido centralizadamente pelo Ministério da Saúde, é feito pelas Secretarias de Estado da Saúde, não podendo, assim, ser autorizadas APAC com procedimento de quimioterapia de adulto ou de criança e adolescente <ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/outubro/08/Imatinibe-SHE-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para o Tratamento da Síndrome Hipereosinofílica</ref>.
 
Os membros da CONITEC presentes na 24ª reunião do plenário do dia 10/04/2014 deliberaram, por unanimidade, recomendar a incorporação do Mesilato de Imatinibe 100mg para Síndrome Hipereosinofílica, conforme protocolo do Ministério da Saúde e a [http://www.poderesaude.com.br/novosite/images/publicacoes_08.10.2014-VI.pdf Portaria nº 39, de 6 de outubro de 2014], tornou pública a decisão de incorporar o mesilato de imatinibe para o tratamento da síndrome hipereosinofílica no Sistema Único de Saúde – SUS <ref>[http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/outubro/08/Imatinibe-SHE-FINAL.pdf] Mesilato de Imatinibe para o Tratamento da Síndrome Hipereosinofílica</ref>.
== Padronização no SUS ==
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